O presidente e sua montada

“Quem deseja ir longe poupa a montada.”

A frase acima é do poeta francês Jean Racine, mas parece enquadrar-se perfeitamente à moldura administrativa do Botafogo de Futebol e Regatas. Vários alvinegros mostram-se contrários a essa política; dizem ser um retrocesso na história do clube, que o Botafogo é maior que isso. Concordo somente com o último ponto.

O caminho traçado por Assumpção é o mais longo e seguro para a estrada dos louros: se as pernas do Botafogo podem somente dar esses passos por enquanto, que sejam então passos bem firmes. E a questão do retrocesso, qual seria? Quando assumiu, a equipe contava com alguns gatos pingados, o clube quase inexistia enquanto estrutura, a base parecia estar perdida no limbo. Pois bem, agora temos excelentes jogadores no elenco, entre os quais possíveis futuros ídolos, o clube é reestruturado a cada dia que passa e a base parece ter voltado à vida. Projetos são erigidos não pela paixão desenfreada, mas sim prudência objetiva.

É o ideal? Não. Mas estamos mais próximos a ele do que nossos maiores rivais, ao que me parece. Arriscaria até dizer que a equipe de 2007 era melhor do que esta que temos hoje, mas o buraco deixado no orçamento do clube também era muito maior. Porém o Botafogo de 2011 é muito maior do que o visto nas últimas décadas.

Retrocesso seria querer, novamente, dar passos maiores do que as pernas podem dar, montar esquadrões e desmontar a entidade. Até porque a estrada dos louros não é tão facilmente alcançada quanto querem acreditar nossos correligionários.

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